“CONTINUO ELABORANDO MINHA OBRA SOLITÁRIO, COMO QUEM COLOCA MENSAGENS EM GARRAFAS E A ATIRA AO MAR NA ESPERANÇA DE UM DIA SER ENCONTRADO” EMÍLIO FIGUEIRA
Por falta de oxigenação no cérebro durante o parto, ficou com paralisia cerebral, problemas de coordenação motora e na fala.
Foram longos e intensos tratamentos durante a década de 1970 na Associação de Assistência à Criança Deficiente, a AACD, em uma época onde pessoas com deficiência eram mantidas isoladas do convívio social.
Porém, no início da década seguinte, um grupo muito grande dessas pessoas resolveu “derrubar esses muros” e sair para conquistar espaços na sociedade. E Emílio foi um deles, lançando-se na vida em busca de muitas possibilidades…
Desde muito cedo, teve uma queda muito grande pelas artes, produzindo entre os 2 e 5 anos de idade, inúmeros desenhos e pinturas. Alfabetizado aos 5 anos, aos 7 já escrevia seus primeiros poemas e contos.
Aos 11, saia da casa de meus pais em São Paulo, indo morar com seus avós maternos em uma pequena cidade do interior paulista, que foi fundamental para a formação de sua personalidade, inclusão escolar e social.
Um ano depois já escrevia reportagens para a “Folha de Guaraçaí”. Aos 16, fazia o jornal praticamente sozinho, além de colaborar com outras publicações e rádios da região. E, aos 18, formou-se em jornalismo técnico.
PSICÓLOGO E CIENTISTA
Em 1993 foi convidado a escrever um livro sobre a história do Centrinho, o Hospital de Reabilitação de Anomalia Craniofaciais da USP/Bauru.
Ali como bolsista desenvolveu uma paixão muito grande pela pesquisa, principalmente na área das deficiências. Em sete anos de hospital, escreveu cinco monografias de especializações e publicou trinta artigos científicos em revistas especializadas no Brasil e exterior.
Desejando se preparar mais para novos desafios, as 33 anos, Emílio voltou a estudar como um novo desafio: chegar ao grau de cientista. Bacharelou-se em Psicologia pela Universidade do Sagrado Coração – USC/Bauru.
Voltou para São Paulo, fazendo mestrado em Inclusão Escolar pela FTC de Salvador/BA.
Estudando e escrevendo artigos psicanalíticos, ingressou na Sociedade Internacional de Psicanálise, concluindo em 2009 sua tese de Doutorado Profissional sobre pessoas da meia-idade e seus novos vazios sentimentais e sociais como desafios clínicos.
Completando sua formação para entender melhor os comportamentos humanos, em 2012, Emílio bacharelou-se em Teologia pela Faculdade de Ensino Teológico de São Paulo. Três anos depois, doutorou-se novamente, desenvolvendo a tese “Teologia da Inclusão – A trajetória das pessoas com deficiência na história do Cristianismo”, publicada em livro.
Como pesquisador, continua pesquisando e escrevendo, passando de 90 artigos científicos publicados no Brasil e em oito países.
PROFESSOR E CONFERENCISTA EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Tornou-se professor de diversas disciplinas no sistema de educação a distancia em algumas universidades brasileiras.
Convidado para palestras, Emílio tem viajado por todo o país, sempre falando em escolas, universidades, instituições, seminários e congressos para muitas plateias, o que já o levou a escrever mais de 25 livros sobre Educação Inclusiva.
Criou um treinamento online gratuito para professores, onde sozinho já ajudou a formar mais de 22 mil professores no Brasil e exterior, sendo grande parte da região norte e nordeste do país.
O ESCRITOR E ARTISTA
Foi aos 16 anos que publicou o seu primeiro livro com 56 poesias românticas, que teve duas edições vendidas em três meses. Em 2016, comemorou-se os 30 anos da obra com o lançamento do filme-documentário “Noites Guaraçaienses – O Nascimento De Um Poeta”.
Ao todo já escreveu mais de 130 livros, sendo que 40 originais foram queimados por ele, considerando-os que foram apenas um exercício de estilo e ritmo de escrita.
Como dramaturgo, escreve peças para o teatro, roteiros para cinema e televisão, ganhando um concurso internacional de Dramaturgia em 2000.
Sempre fez inúmeros cursos de artes plásticas, literatura e música, história da arte e história da música além de pintar alguns quadros.
Acumulando dezenove prêmios, principalmente como escritor e dramaturgo, Figueira passa da marca de 70 títulos publicados.
E, continuando fazer da escrita uma prática diária, diz ainda ter muitos projetos, objetivos pessoais e profissionais e muitas ideias para escrever na ciência, na literatura, no teatro e no cinema, sempre trilhando por muitos caminhos!
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