Se me perguntarem qual o caminho para se
transitar por várias áreas e ter uma produção grande e diversificada como a
minha, responderei. O segredo é ser um Bom
Malandro.
Existe uma diferença entre o Malando e o Bom
Malando.
O Malando é o cara que quer se dar bem, só
pensa em si mesmo e até prejudica os outros sem nenhum pudor para conseguir o
que deseja ou aonde quer chegar.
Já o Bom Malandro jamais prejudica ninguém,
não cobiça nada alheio. Pelo contrário, se ele puder, até ajuda ao seu próximo.
Senão, ele fica quieto no canto dele, passando despercebido...
O Bom Malando é um cara observador, analítico
e antenado ao mundo há sua volta, tem paciência de esperar os momentos certos e
fazer as coisas acontecerem. Sempre que ver as oportunidades de se dar bem,
entra de cabeça, não tem medo de arriscar na vida, buscar seus sonhos, consiga
ou não.
E faz de suas derrotas análises para melhorar,
corrigir os erros e tentar seus objetivos novamente. Assim, sinto-me um Bom Malando
no sentido de não só produzir muito, mas também no sentido de sempre buscar ou
abrir caminhos para os meus ideais acontecerem. A ginga do Bom Malandro está na
minha genética, sou filho de carioca!
Muitas vezes me dedico a ajudar a abrir
caminhos para tantas outras pessoas. Digo a quem eu gosto: “Qualquer coisa que
precisar de minha parte, estarei lá no bar da esquina. É só assobiar que venho
correndo!”
Amo quando posso ajudar a alguém sem pedir
nada em troca. Amo fazer surpresa às pessoas que gosto, admiro. Amo se útil.
Mas também amo ser esquecido em meu mundo particular quando não estão
precisando de mim.
Adoro brincar dizendo que pertenço a uma raça
que ainda irá dominar o mundo: os paralisados cerebrais. Isso porque, enquanto
vocês estão nas baladas, bebendo pelos bares e coisas banais, nós pcs estamos
“presos” em casa estudando, criando, desenvolvendo ideias revolucionárias,
alongando o cérebro com as mais variadas áreas do conhecimento. E pelo estudo
que venho acumulando e pela minha gingada de Bom Malandro, ainda serei o chefe
da nação após esse processo de dominação!
Na verdade, pertenço ao alto escalão dos pcs
legítimos... A grande maioria está por aí, espalhada pelo mundo.
Quantos “paralisados cerebrais” estão hoje
pelo mundo presos em suas próprias individualidades, escravos dos bem
materiais, querendo ter cada vez mais, acumular riquezas e status sociais, sem
ao menos saber para que, vítimas de um círculo vicioso?
Quantos “paralisados cerebrais”, sem objetivos
e iniciativas estão por aí, não vivem, são apenas vividos pela vida? Quantos
“paralisados cerebrais” formam hoje uma juventude sem ideais e engajamentos
políticos e sociais? Quantos “paralisados cerebrais” jovens estão problemáticos
e covardes manifestam suas frustrações em atos violentos e de ódio ao próximo,
enquanto os babacas em sua volta acham isso lindo e os têm como ídolos?
Quantos “paralisados cerebrais” pessoas
inseguras, precisam se autoafirmarem, querendo controlar a vida das pessoas há
sua volta, desrespeitando o direito de liberdade e pensamento? Quantos
“paralisados cerebrais” querem impor suas opiniões como verdades absolutas nas
redes sociais?
Quantos “paralisados cerebrais” em sua pior
conotação, nós mesmos elegemos e mandamos à Brasília?
E poderiam ser tantos outros exemplos...
Na
verdade, eu nunca tive medo de mudar, experimentar, ariscar na vida. Para
muitos isto não é fácil, naturalmente somos contaminados pela rotina, passamos
a viver quase que mecanicamente. Vejo no meu dia a dia pessoas reclamando da
realidade em que vivem, porém não fazem o menor movimento para alterá-la e
modificá-la.
Temos sonhos, mas poucos têm coragem de
persegui-los. Reclamar da vida e colocar a culpa nos outros por causa de nossa
situação são formas consciente ou inconsciente de justificar as nossas “covardias”
de ousar perante a vida! Einstein dizia que "loucura é fazer sempre as
mesmas coisas e esperar por resultados diferentes".
Eu sei que não sou melhor que ninguém, mas
faço parte de um grupo seleto de pessoas que têm essa coragem e, mesmo tendo
tudo contra a sua realidade, não medem esforços. Buscam forças onde menos se
espera, acham brechas em situações adversas e vão à busca de seus objetivos.
Chegam aonde desejam ou até mais longe e, muitas vezes, são duramente
criticadas pela inveja daquelas pessoas que se acovardam perante o ato de
viver.
Hoje vejo muitas pessoas
amarguradas, que só se queixam, tem prazer em apontar os defeitos dos outros. A
pessoa quanto mais infeliz, mais ela é crítica, fofoqueira e gostam de destruir
as relações entre quem às cercam. Aliás, a inveja é um sentimento doentio, um
declarar da incompetência de muitos, pois quem é bem-resolvido não cultiva
inveja das outras pessoas. São humanistas e gostam de reaproximar as pessoas.
Mudar gera medo a qualquer um, significa sair
de nossa zona de conforto e mergulhar, muitas vezes, rumo ao desconhecido. O
conhecido já está em nossa mente, o desconhecido ainda não. Mudar pode ser o
ato de abrir mão ou perder algo para se conquistar o novo.
Pode exigir uma caminhada sem estabilidade até
atingirmos os objetivos de tais mudanças. Será onde precisaremos utilizar a
nossa inteligência focal. Às vezes aquele não será o momento para atingirmos o
que desejamos. Precisaremos apenas ter um comportamento flexível, mas focado
para esperar o momento certo. Isso é diferente de pessoas que tem um
comportamento volúvel e vai a todo instante para todos os lados sem nenhum foco
na vida.
Levantar perante a vida para buscar mudanças é
um ato de coragem. É algo que requer ou não planejamento. Pode realizar-se pelo
simples ato de nos levantarmos da “poltrona do mesmismo” e nos colocarmos em
movimento.
Movimento que eu sempre mantenho vivo em minha
vida. Sonhar é a
esperança transformando-se em objetivos que sempre me fizeram caminhar. Quando
eu não tiver mais sonhos, será porque me tornei apenas uma lápide de cemitério!
E fim de papo!!!