Em 2020, no início da pandemia, escrevi e lancei a primeira parte de VENTOS NAS VELAS - QUANDO A VIDA NOS CHAMA PARA VIVER. Uma estória mais solta, experimental, numa linguagem quase cinematográfica, que foi muito bem recebida pelo público. Só que uma segunda parte continuou a perseguir em minha mente, saltou-se para o papel e agora está nesta segunda edição completa.
Todos nós temos grandes sonhos e expectativas na juventude. Mas há pessoas, como a personagem Marli no romance, cuja vida toma rumos fora do controle, passam por situações doloridas e armadilhas sem saídas. Algumas pessoas tornam-se reféns de um círculo vicioso de não acreditar em si. Outras, precisando continuar caminhando, mesmo com todas as dificuldades, vão em frente pela sobrevivência, foco principal da primeira parte do enredo.
Se por um lado, há pessoas como Herbert que preferem viver em um eterno comportamento de lamentações e vitimando-se, por outro, há pessoas com grandes dificuldades que pode ser financeira ou não, emocionais ou não, física e de saúde ou não, como Luiz Esteves, são bons conselheiros, sempre animados.
Em VENTOS NAS VELAS! surgem histórias de personagens com dependências emocionais originadas no passado que precisam se redescobrirem no meio do caminho, percebendo que nunca é tarde para serem felizes, minimizando dores conscientes ou inconscientes.
E os caminhos oferecidos pelo destino são vários, pela terapia psicológica, como faz Eliseu. Outros por conselhos amigos ou pela fé individual em algo espiritual como Izabela, personagem central da segunda parte do livro.
Muitas vezes, chegamos aos lugares, posições desejadas e isso pode perder o sentido, já que vencemos nossos próprios desafios traçados, entrando em uma zona de conforto. Porém novos desafios profissionais na vida da personagem trazem medos e inseguranças do passado, recriando em sua mente uma realidade como ela não é.
Assim no enredo, revela-se o que intitulei de TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO DO SOFRIMENTO, onde, inconscientemente, Izabela se culpa pelo que passou em sua infância. E não quer se livrar dessa culpa, cheia de desculpas tranquilizantes, apontando todos a sua volta pelas coisas que não deram certo.
Izabela precisa criar coragem de romper com esse círculo vicioso no presente, partindo rumo às suas raízes em busca de sua essência, encontrando sua verdadeira razão de viver. Como nunca sabemos de que lado virão os ventos, as coisas acontecem sempre que permitimos que eles batam nas velas de nossos barcos e navegamos sem traumas ou amarras do passado.
No desenrolar da na narrativa, o leitor perceberá que a vida precisa ser um eterno movimento sem medo rumo ao futuro e ao inesperado, onde as histórias frustradas também podem ter fenais felizes.
Desejo de coração que vocês tenham uma boa e gostem dessa minha nova obra escrita com muito carinho!
EMÍLIO FIGUEIRA
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